5 filmes incríveis de época protagonizados por casais lésbicos

Nesta quinta-feira, Retrato de uma Jovem em Chamas chegou aos cinemas ao redor do Brasil. Aclamado em diversos festivais e premiações e provável concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro, o longa francês chama atenção também por fazer parte de um subgênero do cinema que não para de se popularizar: os filmes lésbicos de época.

amyscansmarço 21, 2020

Retrato de uma Jovem em Chamas já chegou aos cinemas e está na hora de prestigiar esse subgênero do cinema!

Em ambientes extremamente propícios para analisar as dificuldades de existir como uma mulher na sociedade, já que quando não se pode votar ou possuir propriedade o machismo fica mais claro do que nunca, os motivos pelo qual colocar romances femininos dentro desses passados retrógrados e complicados são inúmeros. Seja pela catarse da libertação através do amor de amarras sociais ainda mais difíceis do que as atuais ou pela conquista do seu lugar na história em uma sociedade que frequentemente tenta reafirmar que pessoas LGBTQ+ são uma invenção recente, os filmes lésbicos de época são definitivamente um sucesso.

Para comemorar a chegada de mais um longa destinado a se tornar um clássico do gênero, a AMY-Scans resolveu destacar 5 filmes incríveis de época com casais de mulheres:

RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS

Vencedor da Palma de Ouro de melhor roteiro e de melhor filme LGBTQ+ no Festival de Cannes de 2019, Retrato de uma Jovem em Chamas é a poética história de duas mulheres de realidades completamente distintas que se encontram e acabam se apaixonando. No filme, Marianne (Noémie Merlant) é uma pintora contratada para realizar o retrato de casamento de Héloïse (Adèle Haenel), uma jovem recém saída de um convento que será obrigada a se casar com um homem que ela não conhece. Passando os dias com Héloïse e as noites pintando, Marianne embarca em um romance com sua modelo rodeado por um sentimento agridoce, já que as duas estão fadadas a serem separadas pelo trabalho que a trouxe até ali. O longa tem direção de Céline Sciamma, cineasta lésbica conhecida por filmes como Tomboy e que, inclusive, já tinha trabalhado (e namorado) com Adèle Haenel em Lírios d’água.

LIZZIE

Um terror psicológico, Lizzie dá início aos filmes baseados em histórias reais dessa lista, mas de uma maneira um tanto quanto inusitada. O longa é inspirado no famoso caso nunca resolvido do assassinato da família Borden. Na época a filha mais nova, Lizzie (Chloë Sevigny), se tornou a principal suspeita do crime, mas eventualmente foi inocentada. O longa é uma versão fictícia do caso, baseada em um dos populares rumores sobre os Borden, em que uma criada irlandesa chamada Bridget (Kristen Stewart) vai morar na casa da família e acaba vivendo um romance com Lizzie. Restringidas pelos limites e abusos impostos sobre elas pelos homens em poder, as duas encontram conforto uma na outra e eventualmente acabam cometendo o terrível assassinato.

COLETTE

Outro longa baseado em fatos reais, Colette traz Keira Knightley em mais um dos filmes de época pelos quais ela é conhecida. Nele, a atriz dá vida a Sidonie-Gabrielle Colette, a icônica escritora francesa que muito antes de ser socialmente aceito já vivia abertamente como uma mulher bissexual, inclusive incluindo experiências LGBTQ+ em seus trabalhos. O longa acompanha a trajetória de Colette a partir do seu casamento com Willy (Dominic West), escritor que por muito tempo tomou crédito pelas populares histórias de Claudine, que ela escreveu com base em suas próprias experiências de vida. Enfrentando de maneira complexa a busca por libertação da autora, o filme se recusa a enxergar situação em preto e branco e ainda retrata questões de gênero, além de sexualidade, de maneira singular.

LOUCAS NOITES COM EMILY

Antes da Apple TV+ proporcionar Dickinson ao mundo, com Hailee Steinfeld no papel principal e produção, a cineasta Madeleine Olnek nos trouxe Loucas Noites com Emily, longa cômico sobre um lado até então pouco conhecido da poetisa. O filme acompanha Emily Dickinson (Molly Shannon) vivendo um romance proibido com Susan Gilbert (Susan Ziegler), se comunicando através de intensas cartas conforme a moça vai morar em outra cidade. Porém, quando Susan retorna e ela descobre que sua amada vai se casar com seu irmão, a situação aparenta trazer complicações maiores do que o esperado.

A FAVORITA

Por último, porém não menos importante, essa lista não estaria completa sem A Favorita, longa que rendeu o Oscar de melhor atriz para Olivia Colman. O filme é uma dramatização um tanto peculiar do reinado da Inglaterra da Rainha Anne (Colman), no século XVIII, bem no estilo singular de direção pelo qual Yorgos Lanthimos está ficando cada vez mais popular. Nele, a Duquesa de Marlborough, Lady Sarah (Rachel Weisz), é uma poderosa influência na corte, agindo como confidente e secretamente amante da Rainha. Quando ela permite que a recém chegada criada, Abigail (Emma Stone), adentre em seu mundo, o charme e o desejo de poder da jovem acabando colocando sua posição em risco.

 

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